Médicos de Santa Maria discutiram, nesta terça-feira, o que farão a partir das denúncias de não cumprimento da carga horária e do impasse com a prefeitura, que quer reduzir a jornada de trabalho e exigir o registro de ponto.
MP vai investigar jornada de médicos e pede fiscalização da prefeitura
A assembleia ocorreu a portas fechadas no Hospital de Caridade. De acordo com a assessoria de imprensa do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), no encontro, foi formada uma comissão para negociação das questões com as quais a categoria não concorda.
Funcionários municipais dizem não temer ponto eletrônico, embora admitam não cumprir jornada
Entre outras demandas, os profissionais pedem melhores condições de trabalho e questionam quais condições teriam para cumprir a jornada de 20 horas semanais sugerida pela prefeitura, que propôs a redução da jornada com a manutenção dos salários dos médicos aprovados em concurso público para trabalhar 40 horas semanais. A partir de 1º de julho, todos os servidores municipais terão de bater ponto. Os equipamentos já estão sendo instalados nos prédios públicos.
Ainda conforme a assessoria de imprensa do Simers, os médicos questionam a remuneração proposta pelo Executivo. Conforme o sindicato, os baixos salários justificam a pouca procura da categoria pelos concursos públicos em Santa Maria e em outras cidades do Estado.
A comissão formada no encontro vai tentar agendar uma audiência com o Ministério Público Estadual (MPE), que investiga denúncias de não cumprimento de carga horária por parte dos médicos em postos de saúde de Santa Maria. Em três dias de acompanhamento, dois médicos de postos de saúde foram flagrados pela reportagem da RBS TV Santa Maria deixando o local de trabalho antes da hora.